Amorim despede-se do Sporting com reviravolta épica em Braga
Leões estiveram a perder por dois golos, mas deram a volta na segunda parte
A‘era Rúben Amorim’ chegou, ao final da tarde deste domingo, ao fim com um autêntico recital de futebol, que culminou numa vitória do Sporting sobre o Sporting de Braga, por 2-4, naquele que era um dos encontros mais aguardados de toda a 11.ª jornada do principal escalão do futebol português.
Os arsenalistas chegaram a parecer ter o jogo na mão, fruto do ‘bis’ assinado por Ricardo Horta ainda antes do apito para o intervalo. No entanto, uma segunda parte ‘revigorada’ por parte dos leões foi devidamente recompensada com os golos de Hidemasa Morita, Morten Hjulmand e Conrad Harder, que ditaram o resultado final.
Lei de Murphy no seu esplendor
Com João Pereira derrotado pelo Oliveira do Hospital, no ‘adeus’ aos ‘bês’, e o início da ‘era Rúben Amorim’ no Manchester United condicionada pelo visto de trabalho, estavam dados, ainda antes do apito inicial, os primeiros sinais de que este poderia não ser um encontro particularmente feliz para o Sporting.
Sinais esses que se acentuaram quando, aos 11 minutos, Roger Fernandes subiu pela ala direita acima e deixou a bola para Bruma, que atirou para uma defesa atenta de Franco Israel, e que se concretizaram, aos 20, fruto de um remate certeiro de Ricardo Horta, que promete fazer correr muita tinta e que colocou o Sporting de Braga em vantagem, por 1-0.
No entanto, as más notícias para o conjunto verde e branco não se ficaram por aqui, visto que, instantes depois, Rúben Amorim viu-se obrigado a mexer, para lançar Genny Catamo para o lugar do lesionado Pedro Gonçalves. E, com tanta contrariedade, a verdade é que a resposta teimava em não surgir.
O melhor que os leões conseguiram fazer foi um remate à malha lateral, da autoria de Maxi Araújo… que mereceu resposta imediata por parte de Ricardo Horta, que, à beira do apito para o intervalo, voltou a fazer o gosto ao pé, para deixar a equipa orientada por Carlos Carvalhal ainda mais confortável.
Resposta chegou tarde… mas bastou
Já no segundo tempo, Ruben Amorim mexeu, lançando Jeremiah St. Juste, Conrad Harder e Hidemasa Morita, para os lugares de Zeno Debast, Maxi Araújo e Daniel Bragança, e, aos poucos, o Sporting foi mesmo começando a crescer no jogo, ao ponto de se instalar no meio-campo adversário.
A ousadia foi, de resto, devidamente recompensada, ao ponto de, aos 58 minutos, ter dado em golo. Após pontapé de canto cobrado a partir da ala direita do ataque, Jeremiah St. Juste atirou em cheio ao poste, e, na recarga Hidemasa Morita desviou para o fundo da baliza, reabrindo, assim, a discussão.
Daí em diante, as oportunidades para os visitantes foram surgindo em catadupa, mas a verdade é que, ora por manifesta falta de eficácia, ora por ‘inspiração’ de Matheus Magalhães (Viktor Gyokeres e Geny Catamo que o digam) o marcador só voltou a mexer aos 82 minutos, fruto de uma autêntica ‘bomba’ de Morten Hjulmand.
Quando tudo parecia apontar para uma igualdade, eis que, nos instantes finais, surgiram os golos que sentenciaram o resultado final. Conrad Harder pegou na bola, encheu o pé e atirou para o fundo da baliza adversária, aos 89 minutos, antes de, já nos descontos, bisar e fechar uma noite de sonho.
O Sporting passa, desta maneira, a somar 33 pontos, pelo que garantiu que, aconteça o que acontecer no Clássico, será líder, no final da ronda, visto que o FC Porto é segundo classificado, com 27, e o Benfica é terceiro, com 22. Já o Sporting de Braga, com 20, ‘cai’ para quinto, ultrapassado pelo Santa Clara.
Momento do jogo: A abordagem ousada de Rúben Amorim à segunda parte do jogo acabou por ser devidamente recompensada, já aos 82, com um magnífico golo de Morten Hjulmand, com um potente remate ‘do meio da rua’, e abriu caminho a uma vitória que pareceu surgir com toda a naturalidade do mundo.