Amorim: «Esperem até ao Man. City e vão ver um mundo diferente»
Treinador do Sporting volta a reforçar que o Sporting não é «imparável», salienta domínio na segunda parte, mas admite fases com pormenores a melhorar
Declarações do treinador do Sporting, Ruben Amorim, à SportTV, após a vitória em Famalicão, por 3-0, em jogo da 9.ª jornada da Liga:
«Tivemos qualidade na chegada, faltou a última definição, às vezes não levantarmos a bola perto da baliza, pormenores onde temos de pensar mais friamente. Mas estivemos bem. A seguir ao nosso golo anulado, perdemos um bocadinho o controlo do jogo, criou-nos alguma dificuldade, mas acho que ao longo do jogo fomos muito competentes, dominadores, estivemos sempre mais perto do golo. Na segunda parte, limitámos completamente o adversário, enquanto na primeira, aqui ou ali, conseguiam sair, mas sem grande perigo. Um jogo completo, faltou alguma definição, mas marcámos três, voltámos a não sofrer, fizemos um excelente jogo.»
[Sporting tem tido vitórias por dois golos ou mais, mas não abana estando 0-0 ao intervalo:] «Acho que também é a fase boa, porque quando vêm fase mais difíceis, a bola não entra – não estava a entrar hoje – e torna-se mais difícil. Mas acho que [a equipa] não abana, porque eles sabem bem o que fazer. Estão ali, têm de saber o espaço a ocupar. É como se fosse mecânico, as coisas podem não aparecer, mas como é mecânico, estamos no sítio e isto ajuda porque eles não se perdem em pensamentos de que a bola não entra, etc… A máquina está sempre a rodar e quando conseguimos um golo, torna-se mais fácil. Mesmo depois do 2-0 voltámos a facilitar um bocadinho, nesses pormenores temos de melhorar, mas sabemos o que fazer.»
[Bragança e Morita titulares e Hjulmand no banco. Prova de que pode ser rotativo:] «Sim e eles entendem bem e acho que o jogador moderno tem de perceber que, com a quantidade de jogos a acontecer, não há bem jogadores titulares, senão depois há lesões e problemas. Hoje íamos encontrar um bloco bem fechado por dentro e a capacidade do Bragança e do Morita para terem a bola, jogar com os dois pés e arrancar em espaços curtos era perfeito para este jogo. Acho que eles estavam mais frescos e o Morten também precisa de descansar, senão entra numa sobrecarga de jogos. Felizardo do treinador que tem opções assim.»
[Sporting arranja sempre forma de chegar à baliza:] «Não, não acho que seja impossível, já falei disto, temos muito treino. Esperem até à próxima terça [Manchester City, 5 de novembro] e vão ver a diferença que é não conseguir travar bem uma equipa, vão ver um mundo completamente diferente. Temos de continuar focados, não ir na conversa de que o Sporting é imparável, isto muda rapidamente. Muita reação, defender bem, não deixar a bola ir à baliza e fazer as mesmas coisas para marcar golo. Estão de parabéns, mas são nove jornadas.»
[Se o Manchester City vai ser um bom teste de realidade:] «Sem dúvida, acho que vai ajudar. A Supertaça ajudou muito, o City vai ajudar, mas agora temos a Taça da Liga, tudo pode acontecer, temos de fazer alguma rotação, depois temos o Estrela e depois sim, a Liga dos Campeões. O campeonato é o mais importante.»