“Diogo Costa? Pagava 75 milhões de euros, é um guarda-redes para 10 anos”
Treinador de guarda-redes da equipa técnica de Sérgio Conceição, no FC Porto, não se conteve nos elogios ao internacional português
Diamantino Figueiredo, treinador de guarda-redes da equipa técnica de Sérgio Conceição, concedeu uma entrevista ao jornal A Bola, divulgada esta quarta-feira na sua edição impressa, a dar conta da evolução de Diogo Costa ao serviço do FC Porto durante os últimos anos, garantindo que a cláusula de rescisão de 75 milhões de euros surge à medida daquilo que o internacional português – que está nas bocas do mundo depois de ter defendido três grandes penalidades frente à Eslovénia, no Euro’2024 – poderá dar no futuro a quem o contratar.
“Estando algum dos grandes clubes mundiais a precisar de um guarda-redes que é titular no FC Porto…. Eu não me importava de pagar 60 ou 75 milhões de euros. Ele em 24 anos, têm ali guarda-redes para 10 anos. E a jogar com os pés são poucos como ele. Há Neuer, e mesmo assim… O Sérgio Conceição diz que ele era o seu número 10, tal a qualidade no processo ofensivo, mete a bola onde quer com grande facilidade”, começou por dizer.
“Confiança nos penáltis? Não é um acaso, claro que não, tem tudo a ver com a postura dele, os nervos de aço que faz com quem vai bater o penálti sinta ainda mais essa responsabilidade. O Diogo tem essa capacidade de pôr dúvidas no batedor, viu-se isso com a Eslovénia. Assim que ele defendeu a primeira, disse que ele ia defender a outra, porque quem foi bater a seguir foi com aquela perceção de que o Diogo estava confiante. E não foi só nos penáltis”, vincou de seguida.
“Quando comete um erro não descansa enquanto não o corrigir. Há que relevar a importância de Cláudio Ramos neste processo. O Cláudio em todos os momentos em que foi chamado deu boas respostas. Não o deixou confortável. Costumo dizer que se não houver um guarda-redes de certeza que não vai haver jogo. Imaginemos uma batalha: normalmente quem comanda as tropas não vai para a frente, fica atrás a liderá-las. O comandante de uma equipa é o guarda-redes e a melhor defesa é essa comunicação. Trabalhámos muito esses aspetos. A aceitação dele para evoluir era de tal ordem que levava vídeos e ações dele. Mesmo em bolas impossíveis dizia que ia defender”, completou sobre a forma como o guarda-redes de 24 anos tenta dar a volta aos erros cometidos.