Vitor Catão tinha optado pelo silêncio, mas decidiu falar no âmbito da ‘Operação Pretoriano”
Vitor Catão, arguido e membro dos Super Dragões, prestou esclarecimentos esta quarta-feira no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto, relacionados com a Operação Pretoriano. Segundo a sua advogada, Susana Mourão, esta diligência já era esperada, e Catão foi confrontado com novas mensagens e depoimentos que surgiram na sequência da investigação. Após inicialmente ter optado pelo silêncio, desta vez Catão prestou declarações.
A Operação Pretoriano, que levou à detenção de 12 pessoas em 31 de janeiro, incluindo dois funcionários do FC Porto e Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, investiga vários crimes associados a incidentes numa assembleia geral extraordinária do clube. Os crimes investigados incluem ofensa à integridade física, coação, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos e atentado à liberdade de informação.
Susana Mourão mencionou que Vitor Catão se encontra em prisão domiciliária e está relativamente tranquilo, apesar das circunstâncias, notando que o prazo para deduzir a acusação está a terminar, o que sugere que não deverão ocorrer mais diligências.
Quanto a Fernando Madureira, continua detido, tendo-lhe sido recusado um pedido de revogação da medida de coação. Ele será interrogado na Polícia Judiciária, enquanto Hugo Carneiro, conhecido por ‘Polaco’, foi libertado pelo Tribunal da Relação do Porto (TRP) no início de julho. Todos os restantes arguidos devem ser ouvidos no DIAP nos próximos dias, com exceção de Madureira.